Persistência.
Essa é a palavra de ordem na vida de Manuela Mendes de Souza, 22 anos,
oficial escrevente e moradora de Osório, no Rio Grande do Sul. Nascida
numa família de classe média, a jovem não passou por grandes obstáculos
como a falta de dinheiro. Mesmo assim, sua história de vida também tem a
ver com superação, como a de tantos brasileiros. Mas neste caso, ela
precisou superar a si mesma.
Petrobras
Estatal faz levantamento e pode abrir concurso no segundo semestre"Sinceramente, durante a minha vida
escolar eu não era uma aluna muito aplicada. Gostava de conversar e
minhas notas eram medianas. Tinha dificuldades nas disciplinas de
Ciências Exatas, mas gostava de Português. Quando iniciei o ensino médio
tive que começar a pensar no meu futuro e, como meu pai sempre me
incentivou a fazer concurso público, pela segurança e demais vantagens
que proporciona, acabei levando em consideração a ideia."
O pai de Manuela é professor e
coordenador pedagógico do curso preparatório IPC Concursos. Foi lá que,
aos 17 anos, a então adolescente descobriu sua vocação para os
concursos. "Meu pai é um dos meus principais exemplos por também ser
concursado, além de ter sido aprovado em diversas seleções. Ele me fez
enxergar que era importante garantir uma estabilidade financeira para
que eu pudesse almejar objetivos maiores."
Os primeiros concursos de que
participou foram para a Secretaria de Diligências do Ministério Público e
para o Tribunal Regional Eleitoral. Apesar de sempre ficar bem
classificada, Manuela percebeu que faltava algo para que pudesse
deslanchar e, enfim, ser convocada para o tão sonhado cargo público.
Mudança de postura -
Aos 17 anos, um adolescente vive o ápice da jovialidade. Poder desfrutar
de novas experiências se torna quase irresistível diante do compromisso
de estudar por horas a fio e abrir mão da diversão. Assim como milhares
de jovens, Manuela também se viu nesse dilema.
"Quando iniciei o curso preparatório,
não me dedicava tanto quanto deveria. Gostava de sair com minhas amigas e
me divertir como qualquer jovem. Com o tempo percebi que a atenção que
eu dava aos estudos não era suficiente e resolvi abrir mão de algumas
coisas, como ir para a balada. A partir daí minhas classificações nas
provas foram melhorando e notei que esse era o caminho para a
aprovação."
Focada e com a experiência de outros
concursos, Manuela afirma que estar preparado é fundamental, e descreve
como era a sua rotina de estudos. "Como eu não trabalhava, separava
entre seis e oito horas para estudar em casa, inclusive nos fins de
semana, e à noite ia para o curso. Tentei várias formas de memorização,
como ler três vezes seguidas o mesmo capítulo, ou estudar uma matéria
por dia e depois fazer alguns testes. Meus momentos de lazer eram
descansar um pouco após o almoço e assistir algum programa de TV."
A vitória -
Determinada a alcançar melhores resultados, Manuela decidiu prestar
concurso para oficial escrevente e começou a estudar aproximadamente um
ano antes da publicação do edital. Aos 20 anos, enfim, atingiu seu
objetivo. "Essa era minha meta desde o início: primeiro passar em
concurso de nível médio, para ter uma renda e estabilidade financeira e,
posteriormente, cursar a faculdade e no futuro prestar um concurso de
nível superior."
Hoje, Manuela ocupa um cargo no Poder
Judiciário do Rio Grande do Sul, cursa a faculdade de Direito e pretende
tirar o máximo de proveito de seu trabalho para que tenha base para
futuros concursos. Ela revela que o segredo foi a dedicação,
perseverança, disciplina para estudar e foco em seu propósito. E alerta
para que as pessoas não desistam com qualquer obstáculo. "As
dificuldades fazem parte da caminhada."
A receita para o sucesso? Ela resume:
"aprendi a fixar metas, ter disciplina e diretrizes para atingir meus
objetivos. É gratificante quando as pessoas me dizem que sirvo de
exemplo para elas, até mesmo pelo fato de eu ser ainda muito jovem".
Fonte: Folha Dirigida
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